Mais uma história vinda do Japão onde é conhecida como uma lenda urbana. Irei conta-la em primeira pessoa para ficar melhor....
Já fazia alguns anos que eu havia me mudado para um grande conjunto de
apartamentos. O meu prédio era demasiadamente grande e populoso com dez
andares, sendo que eu morava no oitavo.
O apartamento ficava em uma região ruim da cidade, meio violenta, e
muitas pessoas que moravam no meu prédio tinham um caráter um tanto
quando duvidoso. Por isso nunca fiz amizades e prometi para mim mesmo
que assim que minha situação financeira melhorasse eu iria me mudar.
Em uma sexta feira, após um dia árduo de trabalho, eu estava me sentindo
exausto. Assim que entrei no prédio apertei o botão para chamar o
elevador torcendo para que ele não demorasse muito. Por sorte, isto não
ocorreu, e assim que as portas do elevador se abriram um homem estava lá
dentro. Ele se vestia com um casaco comprido e um chapéu escondia parte
de seu rosto e seus olhos.
- Boa tarde! – eu disse tentando ser educado, porém o homem não me
respondeu nada saindo apressadamente do elevador e esbarrando em mim.
- Maldito idiota! – pensei comigo mesmo.
Entrei no elevador, subi até o meu andar e chegando em casa fui
diretamente para o banheiro. Eu lavava as mãos quando percebi no espelho
que havia uma mancha escura na manga de minha camisa... Examinei de
perto e aquilo me parecia ser sangue.
Um calafrio percorreu a minha espinha quando lembrei do homem que
esbarrou em mim quando saiu do elevador. Uma tontura ainda mais forte se
abateu sobre mim e tirei a camisa apressadamente jogando a peça
diretamente no lixo.
Não dormi muito bem naquela noite.
Felizmente, o dia seguinte era um sábado e eu poderia ficar até mais
tarde na cama, porém logo cedo naquela manhã de sábado ouvi a campainha
tocar.
- Quem poderia ser? – imaginei meio irritado por ter que levantar da minha cama quentinha.
Olhei pelo olho mágico e havia um policial do lado de fora.
- O que está acontecendo? – perguntei sem abrir a porta
- Sinto muito incomodá-lo senhor! - disse ele educadamente. – Eu queria
lhe fazer algumas perguntas, pois houve um assassinato ontem a noite no
apartamento ao lado do seu.
- Desculpe oficial, eu não vi, nem ouvi nada. – menti para ele lembrando do homem que saiu apressadamente do elevador.
- Mas você pode ser capaz de nos ajudar. – continuou o policial. – Você
não viu alguém suspeito? Pode abrir ao menos a porta para conversarmos?
- Eu não estava em casa ontem a noite. Desculpe! Eu não posso ajudar – menti novamente
- Tudo bem senhor. – respondeu o policial. – Obrigado pelo seu tempo.
Continuei espiando pelo olho mágico vendo o policial se afastar em direção ao elevador.
Nos dias seguintes fiquei muito nervoso! Meu vizinho foi assassinado!
Este bairro era mesmo muito perigoso e eu decidi que me mudaria neste
mesmo momento.
Porém um sentimento de culpa me dominava. Eu havia mentido para o
policial, pois eu tinha visto o provável assassino. Mesmo que eu não
tivesse visto o seu rosto, talvez pudesse ajudar de alguma forma, dizer o
horário que eu vi ele... Qualquer coisa.
Procurei na tv alguma noticia sobre o assassinato, mas não encontrei nada. Nem na tv, jornais ou internet...
Em uma manha, eu estava indo trabalhar, saindo do meu apartamento e
pensando se a policia tinha conseguido descobrir o assassino quando
senti um cheiro horrível! Tive vontade de vomitar e o cheiro parecia vir
de um apartamento ao lado do meu.
Fui direito reclamar com o sindico e quando perguntei se o assassinato
tinha sido resolvido ele, para minha surpresa, disse que não tinha
havido qualquer crime no edifício.
Então o convenci a ir até o meu andar averiguar o cheiro forte.
Arrombamos a porta do apartamento ao lado do meu e para nosso horror
encontramos meu vizinho morto, deitado em uma poça de sangue. O cheiro
era insuportável e ele estava deitado lá por vários dias...
Versão: Angie.
Versão: Angie.
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